Autor: Tiago Matos Santos
Existe, já há um certo tempo na recente história da administração, um movimento de mudança no paradigma de gerenciamento de equipes. Evoluindo, assim por dizer, de um enfoque autocrático e engessado em suas estruturas, para um outro, focado mais no lado humano. Isto é, no aspectos psicológicos das pessoas e também nas interações sociais de grupos de pessoas.
Posto que a eficiência, o desempenho, e o bom funcionamento das equipes e das organizações depende da forma como se comportam seus indivíduos constituintes, e mais internamente, de seus sentimentos, o desenvolvimento da motivação se configura como um dos fatores cruciais a serem discutidos quando se trata de liderança, pois, a partir disto, é possível levar o ser humano a determinados comportamentos que possibilitam o alcance de resultados positivos.
Segundo a Escola de Relações Humanas, por meio de estímulos, fazem-se surgir necessidades nas pessoas. Tais necessidades as levam a estados de tensão que acabam por conduzi-las a comportamentos que objetivem sua satisfação. Caso a satisfação seja atingida, há uma volta ao estado inicial que é o de equilíbrio. Contudo, caso obstáculos venham a impedir que isto aconteça, é possível que prevaleça o sentimento de frustração.
O sentimento de satisfação de necessidades dos indivíduos se reflete, ainda segundo a Escola de Relações Humanas, no clima organizacional, que pode ser favorável ou não, e no seu moral, que pode ser mais alto ou mais baixo. O moral, por exemplo, pode acompanhar de forma direta as atitudes das pessoas. Se elevado, tem como alguns resultados: mais otimismo, cooperação e aceitação de objetivos. Se por outro lado, o moral for baixo, tende-se a resultados opostos: pessimismo, dispersão, má vontade e até agressividade.
A liderança é necessária e essencial na administração da organização humana. Líderes são os que, através de sua influência, conduzem as pessoas ao alcance de objetivos específicos, e são vistos por essas pessoas como um meio de atenuar incertezas e, em última instância, levá-las à satisfação de suas necessidades humanas. Sendo assim, líderes são figuras centrais no estímulo das atividades do grupo, e nesse ponto a motivação é um dos ingredientes que serão utilizados para focar esforços, dando coesão no processo de atingir os objetivos estabelecidos pela organização.
Existe uma certa variedade nas características do líder e seus estilos de liderança. Enquanto há um certo descredito quanto a influência de características de personalidade do líder, há evidências contudo que suportam a ideia de que os diferentes estilos de liderança implicam em diferentes resultados. E, além disso, cada estilo, seja mais autocrático, democrático, ou liberal, tem um apelo maior em diferentes situações.
Em suma, o líder deve ter a sensibilidade e saber adaptar-se aos diferentes contextos que são apresentados. Deve comunicar-se efetivamente e conhecer o sentimento de seus subordinados. Assim, terá meios de poder usar sua influência para incentivar e explorar os aspectos humanos que levam a comportamentos congruentes com objetivos desejados.
